O projeto tem como proposta o desenvolvimento de ações que visam a capacitação para o fortalecimento da produção artesanal em peças de Capim Dourado e Biojoias (chapéus cestos, colares, brincos, mandalas entre outros utensílios) proporcionando ainda a transmissão de saberes. Os fios de capim dourado são costurados com linhas vegetais ou e fibra fina das folhas de buriti, ambas espécies nativas do Brasil, próprias do cerrado.
Dessa forma, as artesãs produzem grande diversidade de peças, como chapéus, cestos, vasos, mandalas, bandejas, biojoias, abajures e outros. A tradição do artesanato com o capim dourado, o “Ouro do Jalapão”, foi passada pelos índios da etnia Xerente que no começo do século XX saíram caminhando pelo lado do Rio Tocantins e passaram pelo povoado quilombola Mumbuca e ensinaram alguns moradores a “costurar capim” com a seda de buriti. Desde então, esse saber se difundiu pela região, chegando a outras comunidades e cidades, como no município de Ponte Alta do Tocantins.
A partir desse saber-fazer, as comunidades têm criado novas coleções com inovações de produtos e inserção de novos materiais, como sementes, peças em coco, e novas técnicas também tradicionais, como o tingimento natural da linha da seda do buriti. Assim, as artesãs que antes produziam com a técnica do trançado das fibras do capim e do buriti objetos que estavam presentes em seu dia-a-dia, como os chapéus que protegiam os lavradores na roça, cestos entre outros utensílios, agora produzem as mais variadas peças.